A Hispasat fechou com a Thales Alenia Space a construção do satélite Amazonas Nexus, que substituirá o Amazonas 2 na posição orbital de 61º Oeste e ampliará suas capacidades. Este novo satélite de alto rendimento (“High Throughput Satellite” ou HTS) permitirá à HISPASAT atingir novos clientes e mercados, proporcionando serviços de mobilidade de alta capacidade nos setores de transporte aéreo e marítimo, entre outros. Além disso, continuará oferecendo serviços aos atuais clientes que utilizam as capacidades do Amazonas 2. Como principal contratada, Thales Alenia Space será a responsável pelo projeto, produção, ensaios e testes de aceitação em órbita.

A principal novidade do Amazonas Nexus é um Processador Digital Transparente de última geração (DTP), uma inovação tecnológica essencial para aumentar a sua flexibilidade geográfica diante de mudanças que possam vir a ocorrer no cenário comercial planejado inicialmente. Graças a este elemento, a carga útil do satélite será processada digitalmente oferecendo a possibilidade de atribuir em órbita as capacidades demandadas em cada momento, o que confere ao satélite uma grande solidez diante da evolução do mercado atual de comunicações, tanto no âmbito da conectividade e dos dados como no da transmissão de conteúdo. O design avançado, a capacidade HTS e a versatilidade do Amazonas Nexus tornam este satélite o mais eficiente da frota da Hispasat.

O novo satélite terá cobertura sobre todo o continente americano, os corredores do Atlântico Norte e Sur (zonas de grande tráfego aéreo e marítimo) e Groenlândia, e permitirá proporcionar serviços de telecomunicações de última geração em banda Ku. O Amazonas Nexus inaugura uma nova geração de satélites na frota da Hispasat com uma arquitetura inovadora que incorpora também capacidade em banda Ka para otimizar as comunicações entre os gateways e o satélite, o que permite multiplicar a capacidade total embarcada disponível para uso comercial, melhorando sensivelmente o custo unitário da capacidade em relação aos satélites tradicionais.

Baseado na plataforma Spacebus NEO da Thales Alenia Space, contará com propulsão totalmente elétrica, o que o converte em um satélite mais leve e contribui para a redução dos custos de lançamento. Com uma vida estimada de 15 anos, 20 kW de potência de satélite e uma massa de lançamento de 4,5 toneladas, o Amazonas Nexus será colocado em órbita na segunda metade de 2022. O Amazonas Nexus é o terceiro satélite que a Hispasat contrata com a Thales Alenia Space, depois do Hispasat 1C e 1D, o sétimo construído sobre uma plataforma Spacebus NEO e o quinto a embarcar um processador digital de quinta geração.

Com sua cobertura atlântica e alta capacidade, o Amazonas Nexus fortalecerá o posicionamento da Hispasat nos mercados aéreo e marítimo, dois segmentos em pleno crescimento. Sua capacidade também é ideal para contribuir com a redução da exclusão digital na América Latina, permitindo aos governos e operadoras de telecomunicações implantar redes e serviços em zonas nas quais existe pouca penetração de infraestruturas terrestres.

Espera-se que a participação da indústria espanhola no Amazonas Nexus seja muito relevante considerando-se que serão embarcados diferentes equipamentos fabricados por empresas espanholas, tal como vem ocorrendo nos satélites da frota Hispasat. A operadora mantém assim seu compromisso com seu papel de incentivadora da indústria aeroespacial espanhola, que facilitou seu acesso aos mercados internacionais de satélites de telecomunicações. Neste contexto, cabe destacar os mais de 1 bilhão de euros em investimento comprometido por empresas fabricantes internacionais na Espanha, graças ao programa de retornos industriais que a Hispasatvem promovendo desde a sua criação.

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